Cândido Mariano da Silva Rondon
Patrono e Denominação Histórica do 8º BEC
Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu a 5 de maio de 1865, em Mimoso, Mato Grosso. Perdeu o pai antes de seu nascimento e a mãe quando tinha dois anos de vida, tendo sido criado pelo avô e por um tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome "Rondon". Ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha aos 16 anos e em 1888 foi promovido a Alferes.
Durante sua vida, Rondon dedicou-se a duas causas mestras: a ligação dos mais afastados pontos da fronteira centro-oeste e norte e do sertão brasileiro aos principais centros urbanos; e a integração do indígena à civilização. Somente uma ou outra tarefa teria bastado para justificar o seu nome na História, mas o ilustre militar foi muito além.
Na primeira empreitada, Rondon desbravou mais de 50.000 Km de sertão e estendeu mais de 2.000 Km de fios de cobre pelas regiões do País, ligando as mais longínquas paragens brasileiras pela comunicação do telégrafo. Como indigenista, pacificou tribos, estudou os usos e costumes dos habitantes dos lugares percorridos, participou da criação de medidas legais de proteção aos silvícolas, sendo assim, a 7 de setembro de 1910, nomeado diretor da Fundação do Serviço de Proteção aos Índios (precursora da atual Fundação Nacional do Índio). Além dessas conquistas, as expedições de Rondon também contribuíram para que: quinze novos rios viessem a figurar em nossos mapas; o Museu Nacional enriquecesse com 20.000 exemplares de nossa fauna e flora, devidamente inventariados; enorme área de 500.000 quilômetros quadrados fosse integrada, pela comunicação, ao espaço brasileiro; e fossem compilados, em 70 volumes, relatórios alusivos à biologia, geologia, hidrografia e outros aspectos das regiões por ele percorridas.
O reconhecimento da obra de Rondon extrapolou as fronteiras do Brasil. Teve a glória de ter o seu nome escrito em letras de ouro maciço no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais.
A tenacidade, a dedicação, a abnegação e o altruísmo, atributos marcantes de sua personalidade, o fizeram merecedor, com indiscutível justiça, do título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro, sendo sua data natalícia tomada como o Dia Nacional das Comunicações.
Na sessão solene do Congresso Nacional, de 5 de maio de 1955, já com 90 anos, Rondon recebeu as insígnias do posto de marechal. Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos.
Como 1º Comandante do 8º BEC, inicialmente denominado 5º Batalhão de Engenharia, foi o responsável pelo pioneirismo da Arma de Engenharia na Amazônia Brasileira, desbravando caminhos do sertão mato-grossense para integrar as regiões Centro-Oeste e Norte, definitivamente, ao território Nacional.